Denisovanos terão vivido na Sibéria durante milénios...
- kelly Andrade
- 28 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
Fonte: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/denisovanos-terao-vivido-na-regiao-da-siberia-durante-milenios-1714610
Novas análises de ADN afirmam que os denisovanos pertencem a uma espécie distinta dos neandertais e da nossa!
No dia 15 de Novembro, foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a noticía de que houve a descoberta de mais três fosséis de um grupo de humanos, os denisovanos. E a equipa responsável, ao fazerem uma comparação genética daqueles três fosséis, concluiram que os denisovanos terão existido conjunto com os neandertais e com a nossa espécie durante milhares de anos.
A informação conseguida sobre a linhagem dos denisovanos foi com base na análise do "ADN mitocondrial" desse fóssil, um pequeno anel de material genético transmitido por via matrilinear, e depois com base na sequencialização total do resto do genoma.
Essas comparações genéticas mostraram que os denisovanos e os neandertais são “parentes” muito próximos e que o seu ramo se separou do ramo dos humanos modernos há uns 500.000 anos, ao passo que o ramo dos denisovanos e dos neandertais apenas divergiram um do outro há uns 300.000 anos.
Em 2008, já tinham descoberto um pequeno osso fossilizado do dedo da mão de uma criança na gruta Denisova, nos montes Altai, na Sibéria. As primeiras análises ao DNA extraídas daquele osso fossilizado revelaram que a criança pertencia a um grupo de humanos diferentes de nós e dos neandertais e que se extinguiu há uns 30 mil anos.
Para além, descobrirem o osso da mão, também descobriram no mesmo local, em 2002, um molar desse grupo de humanos, mas a sua análise genética ainda não tinha sido realizada.
Porém, a morfologia desse molar era diferente da dos molares do neandertais e de Homo sapiens.
Os investigadores ainda analisaram o ADN mitocondrial dos três fósseis descobertos com o objetivo de calcular a idade de cada um. Isto é possível porque o ADN mitocondrial, ao sofrer mutações espontâneas ao longo do tempo, permite fazer este tipo de estimativas.
Embora, não tenham conseguido calcular a ideia exata dos fósseis, descobriram que o ADN mitocondrial do segundo molar apresentava uma acumulação de mutações inferior aos outros dois fósseis (a falange e o primeiro molar encontrado). Concluindo que, o segundo molar é significativamente mais antigo do que os outros dois espécimes.
Comentário: Mais uma descoberta, graças ao DNA! Pois, através dele, podemos obter informações sobre o passado. E neste caso, com a ajuda do ADN, descobriu-se que os denisovanos viveram na sibéria com o neandertais e com humanos modernos!
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