Há 300 milhões de anos já existiam animais que regeneravam membros...
- kelly Andrade
- 28 de nov. de 2015
- 2 min de leitura

Imagem: Fóssil do anfíbio Sclerocephalus que pertence ao grupo dos Temnospondyli.
Uma equipa de cientistas identificou a regeneração de membros em fósseis de animais com quase 300 milhões de anos, segundo um estudo que foi publicado na revistaNature. Para os cientistas, poderá restar um vestígio deste mecanismo molecular de regeneração no ADN de todos os tetrápodes, o grupo de animais onde estão os anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
A verdadeira capacidade de regeneração cabe às salamandras e aos tritões: os únicos tetrápodes que voltam a reconstruir uma cauda ou uma pata com todos os tecidos internos. Estes animais pertencem à família Salamandridae e não são répteis, são anfíbios. Como mais nenhum tetrápode vivo tem esta capacidade, a visão clássica da biologia defendia que esta característica tinha surgido apenas na evolução dos “Salamandridae”.
A equipa de investigadores do Instituto para a Evolução e para a Ciência da Biodiversidade de Leibniz, na Alemanha, estudou fósseis de tetrápodes que viveram há cerca de 300 milhões de anos, 80 milhões de anos antes de as salamandras surgirem no registo fóssil.
A equipa estudou espécies de Temnospondyli, entre as quais está um antepassado antigo das salamandras, e espécies de Lepospondyli, um grupo que está mais próximo dos amniotas – os tetrápodes completamente terrestres, que deram origem aos répteis, aos mamíferos e às aves.
Ao observar aqueles fósseis, a equipa encontrou características semelhantes às que se encontram nos membros regenerados das salamandras e dos tritões.
Por outro lado, nas espécies de Lepospondyli estudadas, os cientistas notaram marcas de regeneração ao compararem a pata traseira esquerda com a pata traseira direita.
Link: Público (visualizado a 28/11/2015)
Comentário: É mesmo incrível.... ao olharmos para um fóssil tirarmos tantas conclusões!
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